Olho este malmequer
Fez ontem anos
que as aves acordaram
outra vez a voz dos ramos
que o sol se fez senhor não convidado
que em qualquer parte se cantaram
verdes planos
dum outro dia em que a esperança
fizesse anos.
Foi ontem, lembro exactamente.
Fez anos que a vida correu condignamente
e eu atrás dela a indigente
gesticulando (escrevendo, escrevendo sempre)
fez ontem anos, ou quem sabe um só instante
e toda a vida
sei que ouvi ao perto a cotovia
e as corujas enganadas
que quase me iludiam
(breve dia, eterna hora?)
soa a nunca esse outrora que corria
pela brisa de ser data não desfeita.
E no entanto, sei.
olho este malmequer.
fez ontem anos.
Fez ontem anos de um dia qualquer.
que as aves acordaram
outra vez a voz dos ramos
que o sol se fez senhor não convidado
que em qualquer parte se cantaram
verdes planos
dum outro dia em que a esperança
fizesse anos.
Foi ontem, lembro exactamente.
Fez anos que a vida correu condignamente
e eu atrás dela a indigente
gesticulando (escrevendo, escrevendo sempre)
fez ontem anos, ou quem sabe um só instante
e toda a vida
sei que ouvi ao perto a cotovia
e as corujas enganadas
que quase me iludiam
(breve dia, eterna hora?)
soa a nunca esse outrora que corria
pela brisa de ser data não desfeita.
E no entanto, sei.
olho este malmequer.
fez ontem anos.
Fez ontem anos de um dia qualquer.
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